Em um cenário de juros globais elevados e incertezas fiscais, investidores buscam alternativas para preservar capital. O Ibovespa recuou cerca de 10% em 2024, aumentando o apetite por proteção.
O ano de 2025 traz desafios externos, como medidas tarifárias entre EUA, União Europeia e China, que podem reduzir o PIB global em 0,5%. No Brasil, riscos fiscais reforçam a necessidade de estratégias de defesa.
Ações defensivas são papéis de empresas que oferecem receitas previsíveis e fluxo de caixa estável. Em geral, elas mantêm desempenho adequado mesmo em crises.
Seus atributos incluem:
Elas se beneficiam quando há compressão do juro real, pois os fluxos de dividendos passam a valer mais com juros reduzidos em termos reais.
Em 2025, a combinação entre juros elevados e dólar forte altera a dinâmica do mercado. Empresas exportadoras e utilities ganham destaque.
A tendência de compressão dos juros reais torna os dividendos mais atraentes, e setores com receita dolarizada, como papel e celulose, se valorizam com a alta cambial.
Além disso, novos segmentos defensivos emergem, impulsionados pela bioeconomia e tecnologia verde, abrindo oportunidades fora dos setores clássicos.
Os setores mais recorrentes em carteiras defensivas incluem energia elétrica, saneamento, telecomunicações, infraestrutura, alimentos e bebidas.
Outros exemplos incluem Suzano, Ambev, Raia Drogasil e BB Seguridade, que apresentam alto nível de proteção em cenários adversos.
Corretores e bancos ajustam suas carteiras defensivas para refletir riscos atuais e valuation atrativo.
Principais recomendações para junho/2025:
Carteiras defensivas superaram o Ibovespa em até 198% no ano, segundo dados da Clear.
Para 2025, espera-se valorização das ações defensivas com a queda gradual dos juros reais. O dólar alto continuará favorecendo exportadoras e utilities com receitas dolarizadas.
Especialistas ressaltam que setores defensivos tendem a se expandir para áreas como bioeconomia e tecnologia verde, criando novas oportunidades de proteção de capital.
Filipe Villegas, da Genial Investimentos, destaca que empresas defensivas podem estar em ponto de compra após períodos de aversão ao risco. Max Bohm, da Nomos, reforça a importância de bancos e seguradoras em cenários de juros e dólar altos.
Em tempos de incerteza, investir em ações defensivas pode ser a chave para preservação de patrimônio e crescimento sustentável. Com análise criteriosa e rebalanceamento, esse segmento oferece estabilidade e retorno consistente.
Referências